domingo, 24 de agosto de 2008

Vuco-vuco no Gambrinus - Chanteclair

Até Rainha da Inglaterra acenou para prostitutas do bar mais tradicional do Recife Antigo

Sidney Motta 2002

"No Bairro do Recife, situado do lado de baixo do Equador, ficado abolido o pecado". Este decreto faz parte da Constituição da República Independente do Recife Antigo, de autoria do ex-ministro Gustavo Krause, também ex-freqüentador do Bar e Restaurante Gambrinus. Inaugurado em agosto de 1930 por Hernet Fritz e ampliado em 1945 por José Pereira da Silva, o Gambrinus era o bar mais antigo do Bairro do Recife até 2000, quando foi obrigado a fechar as portas para a restauração do prédio onde funcionava. Abrigou a nata da boemia e da intelectualidade. Já bebeu do seu chope claro e escuro gente como o escritor Ariano Suassuna. Histórias não faltam, como conta ao Beijo da rua o último proprietário do bar, seu Fernando Ribeiro Pereira, de 67 anos, filho do seu José Pereira, já falecido. Uma das melhores passagens é a da visita da Rainha da Inglaterra, em 1968. Ao ver tantas mulheres nas janelas, acenou para elas pensando que estivesse sendo homenageada. O Gambrinus funcionava no térreo do edifício Chanteclair, construído no início do século, principal ponto de prostituição da região portuária do Recife. No térreo do edifício ficavam os estabelecimentos comerciais e nos dois andares superiores as pensões, onde moravam e faziam os programas as prostitutas. O Chanteclair parou de funcionar no início dos anos 80, com a redução da atividade no porto, mas só começou a ser restaurado em 2000. Seu Fernando passou toda a infância e juventude no Recife Antigo, vivendo o auge da boemia e da prostituição, com o porto lotado de navios de várias nacionalidades. "O dólar mandava aqui. Tudo se cambiava por dólar", conta ele. Pela decadência do porto, culpa a administração pública por não valorizar a região. Mas "como confiar em quem não bebe, não fuma e não trepa!", diz seu Fernando, referindo-se a Roberto Magalhães, ex-prefeito do Recife e evangélico. “As prostitutas do meu tempo andavam vestidas de longo, bom sapato e perfume francês. E só podiam descer às nove da noite. Tinha que ter gabarito”

Beijo - Como era o Recife Antigo?

Fernando - Todos os prédios eram da prostituição. A prostituição acompanhou a decadência do Porto do Recife. Isto aqui era cheio de vuco-vuco ou rendez-vous, como a gente chamava na época.

Beijo - Quem eram os principais freqüentadores?

Fernando - A freqüência nos puteiros era muito misturada. O que mandava era o dólar, mas havia alemães, franceses, coreanos. Várias mulheres se casaram com ingleses e franceses. Tudo se cambiava com dólar.

Beijo - Sempre foi área de prostituição?

Fernando - Não. As prostitutas ficavam no Centro. Na rua Duque de Caxias, das Flores, ali pelo Mercado São José e na rua do Diário de Pernambuco. Em 1948, o chefe de polícia, Ramos de Freitas, transferiu as mulheres do Centro da cidade para o Bairro (Recife Antigo). Mas hoje elas estão voltando para lá.

Beijo - Desde quando o bar está fechado?

Fernando - O bar está fechado há dois anos, quando a Justiça e a prefeitura interditaram o prédio Chanteclair para restauração. Mas até hoje as obras não começaram.

Beijo - Quem cuidava do Chanteclair?

Fernando - Quem explorava o Chanteclair eram dois portugueses, os irmãos Amorim. Ele ficaram ricos cobrando ingressos para se entrar no Chanteclair. E o Gambrinus funcionava embaixo, como os outros estabelecimentos. Ia tudo mundo: usineiros, políticos, poetas, putas. Teve uma, chamada Maria Matulão, que casou com um holandês e anos depois apareceu aqui já com os filhos criados.

Beijo - Era comum isso acontecer?

Fernando - Sim, muitas se casavam. Algumas tinham as despesas da pensão pagas por usineiros. Muitos deles, quando enviuvavam, se casavam com elas. A Maria Magra foi prostituta aqui mesmo e depois virou dona de pensão. Casou com um comandante da marinha mercante, suíço ou sueco, está bem, morando num apartamento à beira-mar!

Beijo - Que diferenças existem entre a prostituta de ontem e a de hoje?

Fernando - As prostitutas do meu tempo, até os anos 60, não eram iguais às de hoje, não! Que andam de bunda de fora, de alpargatas ou de pé no chão. Elas andavam vestidas de longo, bom sapato e perfume francês. Só podiam descer da pensão a partir das nove horas da noite e ficar até as cinco da manhã, por determinação da polícia. Pra ser prostituta tinha que ter gabarito!

Beijo - É verdade que elas não viram a passagem da rainha Elizabeth II, porque as autoridades mandaram lacrar janelas das pensões?

Fernando - É mentira. Quando a rainha passou, ela acenava para o alto. Para as meninas, sem saber que eram putas.

Beijo - Era perigoso circular em alguma área?

Fernando - Tinha a rua da Guia, que era a região das prostitutas mais barra pesada, mulheres valentes, todas cortadas de navalha. Só quem ia com aquelas mulheres eram estivadores, indivíduos ignorantes que pegavam no pesado.

Beijo - E a malandragem?

Fernando - Não havia violência. Existia o batedor de carteira, o brigão que começava a beber... Tinha o Bacalhau homossexual, que morava na rua da Guia. O Lolita brigava com três policiais, lutava capoeira, e escapava de ser levado preso. Ele entrava sempre no Gambrinus pedindo dinheiro. Era moreno baixinho, mataram na Bahia. Um casal estava caminhando e ele passou a mão no rosto do homem. O cidadão levantou o paletó, tirou o revólver e deu dois tiros. Tem a Tereza, que hoje a gente chama de puta velha, mas na época ela não era assim não gordona, era muito bonita e valentona, faturava feito o diabo. Mora até hoje aqui no Bairro! Ela diz que só sai daqui quando morrer

2006
Finalmente, a prefeitura do Recife tomou uma atitude quanto ao edifício Chanteclair. O prédio tem recursos assegurados para sua reforma há anos pelo programa Monumenta/BID, do Ministério da Cultura e Banco Interamericano de Desenvolvimento. As obras começaram, mas foram paralisadas por falta de entendimento entre os proprietários (leia-se Santa Casa, que de santa não tem nada) e as empresas que planejavam instituir ali um centro cultural (leia-se Paço Alfândega, do empresário Álvaro Jucá, e Unibanco). A PCR, enfim, decidiu declarar o Chanteclair como de Utilidade Pública para desapropriá-lo.
O prefeito João Paulo (PT) assinou o decreto hoje pela manhã. “Tentamos até o último momento viabilizar o empreendimento pela iniciativa privada, mas infelizmente não foi possível. Queremos garantir a manutenção do projeto inicial para o Chanteclair que é de recuperá-lo para ser um centro cultural para a cidade. Após a desapropriação, buscaremos parcerias com a iniciativa privada”, afirmou.
“A desapropriação visa garantir ao município a possibilidade de realizar o trabalho de restauração e recuperação da estrutura, da fachada e da coberta do Chanteclair. A Prefeitura do Recife irá concluir o serviço inicialmente gerenciado pela iniciativa privada, paralisado em 2004. O repasse dos recursos necessários para a realização das obras está garantido pelo Monumenta/BID”, diz a nota enviada pela assessoria da PCR.
A desapropriação está inicialmente avaliada em R$ 900 mil. Já recuperação do prédio é outros quinhentos - melhor, outros milhões.
“O Edifício Chanteclair integra o conjunto arquitetônico do Pólo Alfândega, no Bairro do Recife. Ele data do fim do século XIX e possui três pavimentos. Durante anos ele teve o térreo e sobreloja ocupada por lojas e bares, e os demais andares por apartamentos residenciais. Depois, com o crescimento do porto, o edifício foi abandonado e transformou-se num prostíbulo. Um dos estabelecimentos mais tradicionais do local era o restaurante Gambrinus”, ensina-nos a nota da PCR.

2008

Folêgo para os cinemas no Chanteclair
Luiz Joaquim
Depois de oito anos de espera, nova esperança para as salas com o padrão Arteplex

Quando foi anunciado, há cerca de um mês, que o Grupo BVA havia adquirido o Paço Alfândega, incluindo aí o complexo Chanteclair, e que a instituição iria investir cerca de R$ 30 milhões, sendo o maior montante desse valor direcionado ao prédio em reforma do Recife Antigo, a informação trazia também novo oxigênio aos cinéfilos da cidade, que esperam há oito anos pelas salas com o padrão Arteplex, a ser administrada pela equipe da rede Espaço Unibanco.
A cabeça pensante por trás da prestigiada grife de salas de cinema que hoje opera em Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Santos chama-se Adhemar Oliveira, cujo início na área se deu lá nos anos 1980, quando agitava o movimento cineclubista, e hoje é reconhecido como um dos mais respeitado e bem-sucedidos programadores de cinema.
Foi por ter passado pela experiência com o cinecubismo e a cinefilia que Adhemar não tornou sua rede refém dos arrasa-quarteirões norte-americanos. Na verdade, sua estratégia pioneira foi a de unir e dar igual peso a dois produtos - filme ‘pipoca’ com filme ‘de arte’ - num mesmo espaço, abrindo, assim, os olhos do habitual consumidor de blockbusters para um cinema mais reflexivo.
O programador, que acompanha de longe o desenrolar do destino do Chanteclair, agora com a BVA, diz-se ansioso para chegar ao Recife. “Quem me apresentou ao Álvaro Jucá(primeiro administrador do Paço) em 2000 e falou da praça de vocês foi Lírio Ferreira e Paulo Caldas. Logo fiquei interessado no projeto, e o Arteplex do Recife ia ser o primeiro do Brasil”, recorda o programador que, recentemente, inaugurou um complexo de dez salas em Pompéia (SP), totalizando 54 salas pelo País com a marca Arteplex (sem contabilizar as outras do padrão ‘Espaço’). Antes de chegar ao Recife, a próxima cidade contemplada será Salvador. Lá, ainda este
mês, ele lança sua nova casa, onde funcionava o antigo Cine Glauber Rocha.
Adhemar conta que está torcendo para que tudo corra o mais rápido possível. “Uma vez que nos entreguem o interior do prédio para trabalharmos, entre detalhes de instalação e burocracia, colocamos tudo de pé em quatro ou cinco meses, claro, desde que não haja imprevistos. As obras no Pompéia tomaram cinco meses”, pontua como referência.
Mas para chegar a entrega do prédio pronto ao Arteplex, ainda vai tomar um tempo. Antônio Jorge Longarito, gerente de novos negócios do grupo BVA, explica que já tem gente trabalhando para montar um orçamento e daí desenhar um cronograma de recuperação do espaço. “Ainda é prematuro dizer em quanto tempo teremos o prédio pronto. É um trabalho delicado, tanto na recuperação da fachada como internamente. Pode durar 18 meses ou mais. Há, também, alguns trâmites na Prefeitura (da Cidade do Recife) a serem definidos”, diz.
Amir Schvartz, secretário de Planejamento Participativo da PCR, ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial do Grupo BVA a respeito de como será a ação do grupo sobre o conjunto Paço Alfândega. “Precisamos aguardar o contato formal dos investidores para daí podermos avaliar o novo projeto e fazermos um pronunciamento com informações mais precisas”, declarou o secretário através de sua assessoria.
Enquanto isso, Adhemar, com sua experiência no ramo, comenta, quase como um recado: “Na área cultural, a gente apanha muito, mas insiste e consegue. É sempre mais complicado trabalhar nessa área. São poucos os pares que investem, e os recursos costumam ser baixos. O retorno também é demorado. Cinema, definitivamente, não é um objeto dos mais fáceis de investir, mas é uma área que oferece algo mais que apenas valores financeiros. Cria valores que economistas não podem calcular”, filosofa.
Quanto às expectativas do novo investidor do Chanteclair, Longarito é otimista uma vez que, diz ele, “o Recife Antigo tem uma tendência à atividade cultural e a grandes eventos. Com a veia alternativa da rede Arteplex, acredito que vamos cobrir uma lacuna ali”, ratifica. Que venha então, e rápido, o Arteplex, com sua programação refinada para sete ou oito salas, totalizando 1.350 poltronas, incrementando ainda mais o espírito cinéfilo do recifense.

Recife Antigo

No ponto onde o mar se extingue
e as areias se levantam
cavaram seus alicerces na surda
sombra da terra e levantaram seus muros.
Depois armaram seus flancos:
trinta bandeiras azuis plantadas
no litoral.
Hoje, serena flutua,
metade roubada ao mar,
metade imaginação,
pois é do sonho dos homens
que uma cidade se inventa.

Carlos Pena Filho

1995


A revitalização do Bairro do Recife começou em 1985, seguindo uma tendência mundial de recuperação dos centros históricos de grandes cidades em função da atividade turística.
O projeto, entretanto, não consiste apenas na recuperação física do bairro. A Prefeitura da Cidade do Recife quer revitalizar a economia do local. Estimativas apontam que 60% da área construída não estão sendo utilizadas.

Por meio de incentivos fiscais, a prefeitura pretende transformar o Bairro do Recife num pólo de concentração do comércio varejistas e serviços. Um dos incentivos é relativo ao Imposto Predial Territorial Urbano e prevê isenções para os imóveis recuperados. O processo de recuperação começou no chamado pólo Bom Jesus, integrado pelas Rua do Bom Jesus (a mais antiga do bairro), Rua Domingos José Martins, Rua da Guia e Rua do Apolo.

Iniciada pelo governo de Pernambuco e pela Prefeitura da Cidade do Recife, a revitalização foi apoiada pela iniciativa privada, que passou a ver no bairro uma fonte de bons negócios. A infra-estrutura do local, mantida ao longo de décadas em função da rede bancária e atividades portuárias, foi um estímulo para o engajamento dos empresários. Apesar de decadente, o Bairro do Recife nunca deixou de ter saneamento, telefonia, iluminação e um sistema viário eficientes.

Um outro objetivo da revitalização é e fazer do bairro um centro de turismo e lazer. Dezoito novos estabelecimentos entre restaurantes, choparias, danceterias e lojas estão se instalando no bairro. Nas quintas-feiras, os visitantes podem assistir ao projeto "Dançando na Rua", que reúne atrações musicais ao ar livre.

Fonte: Jornal do Commercio de 01 de novembro de 1995


1998

Bonito e sem vida
Reforma devolve beleza aos prédios do Recife
Antigo, mas o bairro continua sem animação

Dina Duarte

A recuperação dos centros históricos é uma das melhores novidades nas cidades brasileiras nos últimos anos. Algumas, no entanto, têm sido mais bem-sucedidas que outras nessa tarefa. Um caso exemplar de sucesso é o Pelourinho, em Salvador. Sujo e perigoso nos tempos em que esteve ao abandono, o bairro que abriga os casarões e monumentos históricos mais importantes da capital baiana passou por uma reforma geral a partir de 1992. De lá para cá, 500 de suas 800 casas foram restauradas. Hoje, concentram-se no Pelourinho alguns dos bares, restaurantes e danceterias mais badalados da cidade. Ficam lá, também, as sedes de escolas de percussão como a do Olodum, museus importantes, lojas de roupas e artesanato. Resultado: convertido em atração turística, o bairro pulsa dia e noite. Um caso diferente é o do Recife Antigo, o bairro onde foi fundada a capital pernambucana. Ali, a restauração devolveu a beleza original às fachadas dos prédios históricos, mas ainda não conseguiu incorporá-lo plenamente à rotina da cidade. A reforma, que custou 2,7 milhões de reais à prefeitura, deixou as ruas limpas e bem conservadas, mas elas ficam desertas na maior parte do tempo. Só à noite, quando alguns bares abrem as portas, é que há certa animação. Os turistas que percorrem a região aos sábados e domingos durante o dia têm a sensação de estar dentro de um parque temático: tudo é muito bonito, mas artificial e sem vida.

A comparação com o Pelourinho é útil para entender por que a reforma do Recife Antigo ainda não pegou. No bairro de Salvador, todo dia é dia de festa. Ali, há música e espetáculos o tempo todo. Nas noites de terça-feira, os ensaios ao ar livre do Olodum atraem milhares de pessoas, incluindo legiões de turistas estrangeiros. No bairro do Recife, não há nada disso. Shows e espetáculos são raros. Neste ano, havia apenas cinco eventos programados pela prefeitura. Outra diferença é o tipo de ocupação do centro histórico nas duas capitais. No Pelourinho, há agências de correio, farmácias, padarias, restaurantes, escolas e outros serviços de uma cidade ativa que ajudam a mantê-lo movimentado o dia inteiro. No Recife Antigo, a atividade é voltada quase exclusivamente para a vida noturna. Durante o dia quase nada funciona lá. Assim, no horário comercial as ruas são ocupadas apenas por pedintes e raros visitantes ou transeuntes apressados. "Isto aqui é melancólico", diz a economista Renata Lourenço, de 29 anos. "É um belo cenário desperdiçado."

Aluga-se ou vende-se — O que acontece com o Recife Antigo é uma prova de que não basta reformar os edifícios para recriar um pólo de animação na cidade. No aspecto arquitetônico, o trabalho foi bem-feito. Antes da reforma, o bairro era reduto de prostíbulos freqüentados por marinheiros e boêmios. A restauração das fachadas começou pela Rua Bom Jesus. Ficou tão bonita que logo surgiram cinqüenta bares nas imediações. Eles passaram a receber um grande número de visitantes, entusiasmados com a possibilidade de freqüentar um lugar renovado e bem policiado pela guarda municipal. A animação inicial não durou muito. O motivo é que o projeto de recuperação do bairro limita demais as atividades no local. Lá só funcionam bares, restaurantes e escritórios restritos a algumas atividades, como arquitetura e empresas de assessoria. Qualquer outro tipo de serviço — como padarias, escolas, bancos e correios — encontram dificuldades de se instalar ali. O excesso de controle impediu que o bairro restaurado se incorporasse plenamente à vida da cidade. Com o tempo, o movimento dos bares caiu e muitos empresários aue tinham aderido ao projeto da prefeitura bateram em retirada. "O que acabou com o Recife Antigo foi a falta de novidades", opina José Antônio de Souza Leão Filho, ex-dono da primeira casa de shows do lugar após a reforma, a Moritzstadt. Localizada num casarão da Rua do Apolo com capacidade para 1.500 pessoas, a Moritzstadt fechou em 1996 após um ano de funcionamento. Hoje, é nessa rua que o Recife Antigo parece mais abandonado. Em apenas dois anos, a maioria de seus bares fechou. Placas de aluga-se ou vende-se são vistas por todo lado.

Hoje, a prefeitura busca uma saída para o Recife Antigo. Além de permitir novas atividades no bairro, como um pólo de informática, uma lei isenta de IPTU as empresas que se instalarem ali. "Queremos garantir um fluxo permanente de pessoas", diz Vera Lúcia Dias, coordenadora do Escritório de Revitalização do Bairro do Recife. Caso consiga superar a atual fase de abandono, o Recife Antigo poderá, assim como o Pelourinho, servir de exemplo para outras cidades que também têm projetos sérios de revitalização de seus centros históricos, caso de João Pessoa, São Luís e Natal. Por enquanto, sem um trabalho que torne mais natural a ocupação do Recife Antigo, é provável que os turistas e moradores da capital pernambucana continuem preferindo visitar as barraquinhas de artesanato e tapioca em Olinda, a 6 quilômetros dali, nas suas horas de lazer.

sábado, 16 de agosto de 2008

Chegou meu Wii!

Finalmente, demorou mas ele chegou, agora finalmentevou poder jogar Wii e dizer que é meu :P, segue a lista dos jogos que pretendo adquirir:
WiiPlay (Wii-remote free)
Guitar Hero: World Tour ou Rock Band 2 (special with guitar, microphone, and drums)
The Legend of Zelda Wind's Waker (Game Cube, controle e memory card por fora)
Mario Kart Wii
Super Smash Bros. Brawl

Resident Evil Remake (Game Cube)
Resident Evil Zero (Game Cube)
Mario Party 8
Resident Evil: The Umbrella Chronicles
Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 3




quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Tatui

Tatui
3 Na Massa
Composição: Rodrigo Amarante

O tempo todo eu vi
Você quis olhar pra mim
E mesmo sem saber
Pôs no pensamento
uma mensagem pr'eu te ver

Só porque eu te olhei
Você fez que não me viu
Que não podia ver
Já sabendo o que será
se cada um pensar

Que juntos,
num segundo a mais desse olhar se faz
Um sonho,
que acordado é muito mais do que dormindo

Foi pr'eu acordar
Que eu vi você se aproximar de mim
Fez que vinha; deu a volta e se
abraçou com outro alguém

Tudo não passou de ilusão
Parecia a vida me dizendo:
- caia em si, Tatuí!

Que juntos,
num segundo a mais desse olhar se faz
Um sonho,
que acordado é muito mais do que dormindo